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sábado, 7 de agosto de 2010

MINISTRO CUBANO CRITICA RELATÓRIO DOS EEUU SOBRE TERRORISMO MUNDIAL

Ministro cubano critica relatório dos Estados Unidos sobre terrorismo mundial
Ministro Bruno Rodríguez



O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, criticou o relatório divulgado nesta quarta-feira (4) pelos Estados Unidos que classifica Cuba como um dos países patrocinadores do terrorismo. Após encontro com representantes brasileiros no Itamaraty, Rodriguez afirmou que "não há país que tenha sido vítima de terrorismo como Cuba".
Ele disse que foi informado do documento do governo norte-americano após o encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Centro Cultural Banco do Brasil. "Apenas três horas depois (do encontro) se produz esse anúncio, que se refere a um aspecto mais que irracional da política de governo norte-americana".
Segundo Rodriguez, a inclusão de Cuba nessa lista é um ato injusto e de hipocrisia. "Quero rechaçar energicamente que se inclua Cuba na lista dos países patrocinadores de terrorismo internacional. Não há país que tenha combatido mais o terrorismo que Cuba."
Além de colocar Cuba na lista dos patrocinadores do terrorismo, o relatório do governo norte-americano afirma que o país governado por Raúl Castro apoia as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o Exército de Liberação Nacional (ELN) e o Pátria Basca e Liberdade (ETA).
Para o ministro cubano, as acusações dos Estados Unidos são mentirosas. "(as pessoas que escreveram o relatório) mentem por razões políticas e atuam contra os interesses do povo norte-americano e do povo cubano, atuam contra os interesses internacionais dos Estados Unidos por pura razão política".
A relação diplomática entre Cuba e Estados Unidos é conturbada. Desde 1962, Cuba está sob embargo econômico imposto pelo governo norte-americano.

Elogios


O mesmo relatório, porém, elogia as medidas tomadas pelo governo brasileiro no combate ao terrorismo na América Latina. O documento também aponta a preocupação do governo norte-americano com a presença de simpatizantes de grupos radicais islâmicos como o libanês Hezbollah e o palestino Hamas na Tríplice Fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.
"A estratégia de combate ao terrorismo do governo brasileiro consistiu em impedir terroristas de usar o território brasileiro para facilitar ataques ou levantar recursos, monitorar e acabar com atividades criminosas transnacionais que poderiam apoiar ações terroristas", diz o documento.
Lula é mostrado como um crítico do uso de violência pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). "(O presidente) pediu publicamente ao grupo para por fim à violência contra o governo colombiano".
A Polícia Federal (PF) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) são apontadas no relatório como os órgãos responsáveis pelo combate ao terrorismo no país. "Em julho, o chefe da Divisão de Inteligência da Polícia Federal brasileira afirmou, durante uma audiência da Câmara de Deputados, que um indivíduo preso em abril tinha ligações com a Al Qaeda", registra o documento.
De acordo com o governo norte-americano, o Irã é o principal patrocinador do terrorismo mundial.
Fonte: Rede Brasil Atual

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