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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

ESTATAL CHILENA COMEÇARÁ A PERFURAR O BURACO


A estatal Codelco começará a perfurar nesta segunda-feira um buraco para resgatar os 33 mineiros presos desde 5 de agosto na mina San José, no norte do Chile. Além disso, técnicos chilenos envolvidos na operação elaboraram um plano alternativo, de acordo com informações do jornal espanhol El País. Segundo o diário, esse "plano B" consistiria em alargar um dos três buracos já feitos.


Ainda assim, o prazo estudado para o resgate é de entre três e quatro meses. Chegaram a ser divulgadas notícias no país de que haveria um plano para retirar os homens em um mês, o que foi negado pelo governo. Segundo o jornal espanhol, um engenheiro disse que, caso o novo plano seja bem-sucedido, o tempo do resgate poderia passar para dois meses.

Nesta segunda-feira, a Codelco iniciará os trabalhos para fazer o buraco que deve, em princípio, ser aquele pelo qual os mineiros passarão. O primeiro passo será fazer um "buraco piloto", similar em tamanho aos outros três. Máquinas maiores começarão devagar a alargar o buraco, fazendo com que a rocha esmagada caia até a área onde estão os mineiros. Os homens presos também devem ajudar nos trabalhos, retirando o entulho que cai no refúgio. 

Os 33 mineiros sobreviveram por 19 dias com uma dieta racionada de duas colheres de atum enlatado, um gole de leite e meio biscoito a cada 48 horas.

O único canal de comunicação com o exterior tem 15 centímetros de diâmetro. É por lá que as equipes de resgate começaram a enviar soro e rações de proteína e glicose, semelhantes às consumidas por astronautas. Dentro da mina, os mineiros contam com acesso à água e canais de ventilação.

O resgate será feito por uma perfuradora que abrirá caminho no solo. Andres Sougarret, chefe da operação, afirmou que o período para abrir um túnel largo o bastante para a passagem segura dos homens pode levar até quatro meses.


Fonte: Estadão

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

PETROBRÁS INICIA PRÉ-OPERAÇÃO NA PETROQUÍMICA SUAPE E INAUGURA GASODUTO PILAR-IPOJUCA
A Petrobras inicia nesta sexta-feira (27/8), a partir das 14h, em Pernambuco, a pré-operação da unidade de fios de poliéster da PetroquímicaSuape e inaugura o Gasoduto Pilar-Ipojuca. A cerimônia contará com as presenças do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, de diretores e gerentes da Companhia e demais autoridades. Na ocasião, o presidente Lula também visitará as obras da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca (PE).
Maior polo integrado de poliéster da América Latina
A Companhia Petroquímica de Pernambuco (PetroquímicaSuape) iniciará a pré-operação da unidade de polímeros e fios de poliéster que produzirá 240 mil toneladas por ano de filamentos e polímeros têxteis. O primeiro processo a entrar em funcionamento será o de texturização, em que serão produzidos fios para malharias e tecelagens. Outras duas plantas industriais compõem o complexo petroquímico: uma para a produção de ácido tereftálico (PTA) e outra de resina PET.
A PetroquímicaSuape foi constituída para estruturar uma cadeia nacional de poliéster, capaz de estimular o desenvolvimento dos diversos segmentos que utilizam essa matéria-prima, como o de embalagens e, especialmente, o têxtil, que é o segundo maior gerador de empregos no País e o que mais emprega mulheres.
A planta de PTA, que é a principal matéria-prima do poliéster, tem capacidade para 700 mil toneladas/ano e a de resina PET produzirá 450 mil toneladas/ano. Do total de PTA produzido, 85% serão consumidos internamente nas unidades de fios de poliéster e resina PET e o excedente será destinado ao mercado interno.
Construção de escola têxtil
Para promover a capacitação de pessoal para o setor têxtil, será construída a Escola Técnica Senai–Ipojuca – Centro de Formação Profissional Horacio Lugon, construída em parceria formada pela PetroquímicaSuape, município de Ipojuca e Senai/PE, que assinam, nesta sexta-feira (27/8), convênio para construção da instituição de ensino.
A escola têxtil será a primeira do País especializada na formação de pessoal para o segmento de fibras sintéticas, como o poliéster, e capacitará pessoal para todos os elos da cadeia têxtil: indústrias de fios, malharias, tecelagens, confecções e moda. A escola será localizada em uma área de 10 km², na interseção das Rodovias PE-060 e PE-042, em Ipojuca.
Gasoduto Pilar-Ipojuca dobra capacidade de entrega de gás natural
O Gasoduto Pilar-Ipojuca se estende de Pilar (AL) a Ipojuca (PE), ampliando a capacidade de entrega de gás natural a partir de Pilar para os estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, dos atuais 3,5 milhões para 7,5 milhões de m³/dia. Essa expansão ocorre 11 anos após o início da operação do último gasoduto construído na região para atendimento a esses estados – o GASALP (Gasoduto Pilar-Cabo). Este incremento no transporte de gás natural se dará em função da entrada em operação do Gasoduto Pilar-Ipojuca, já concluído e com licença concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e da ampliação do Serviço de Compressão (Scomp) instalado em Pilar.
Com 189 km de extensão e 24 polegadas de diâmetro, o gasoduto abastecerá o mercado nordestino com gás proveniente da região Sudeste (bacias de Campos e Espírito Santo, além da Bolívia e do GNL importado através do Terminal de Regaseificação da Baía de Guanabara), transportado pelo Gasene (Gasoduto da Integração Sudeste-Nordeste), e da região Nordeste (bacias dos estados de Alagoas, Sergipe e Bahia).
Refinaria Abreu e Lima
Após 30 anos da implantação de sua última unidade de refino, a Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP), a Petrobras iniciou, em Pernambuco, a construção da Refinaria Abreu e Lima. O empreendimento, com previsão de entrada em operação no fim de 2012, situa-se em uma área de 6,3 km², localizada em um dos maiores canteiros de obras do país: o Complexo Industrial Portuário de Suape, polo de atividade econômica com condições geográficas privilegiadas pela proximidade dos principais centros de consumo do Nordeste e pela confluência dos modais dutoviário, rodoviário, ferroviário e marítimo.
Com capacidade para processar 230 mil barris de petróleo/dia, cerca de 11% da capacidade atual de refino de petróleo no Brasil, a unidade vai produzir diesel, gás de cozinha (GLP), nafta petroquímica e coque. O diesel, derivado mais valorizado da cadeia e com expectativa de aumento de consumo no país, representará cerca de 70% do volume de derivados a serem produzidos pela refinaria. A partir de 100% de petróleo pesado, a Abreu e Lima vai produzir diesel com baixo teor de enxofre, com 50 ppm (partes por milhão), podendo chegar ao diesel com 10 ppm de enxofre, atual padrão europeu. Além disso, a produção irá garantir a autossuficiência do país também nesse derivado.
Fonte: fatosedados.blogspetrobras.com.br



FAMÍLIAS DE CHILENOS PRESOS NA MINA ENTRAM COM PROCESSO CONTRA MINERADORA

As famílias de 28 dos 33 trabalhadores presos desde o dia 5 de agosto em uma mina no norte do Chile entraram nesta quinta-feira (26) com um processo contra os donos da mina San José e contra o Estado.
Advogados dos familiares afirmam que os inspetores do governo e a companhia dona da mina San José agiram com negligência ao permitir que a mina fosse reaberta há dois anos, apesar de existir temores em relação à segurança das instalações.
A mina San José havia sido fechada em 2007, após um acidente que provocou a morte de um mineiro após uma explosão, mas foi reaberta um ano depois.
Além do processo movido nesta quinta-feira, a Justiça chilena também congelou parte dos bens da mineradora San Esteban, proprietária da mina San José.
A juíza Mirta Lagos, do Primeiro Juizado de Letras de Copiapó (onde fica a mina), ordenou o congelamento de US$ 1,8 milhão dos donos da mina como medida de precaução, para cobrir possíveis custos de indenizações.
A medida foi tomada logo depois que o advogado Edgardo Reinoso entrou com um recurso penal contra a companhia, representando 27 das 33 famílias afetadas pelo acidente.
"Os donos diziam que iam entrar com pedido de falência, pois não tinham dinheiro. Isto não é verdade, pois existem bens", afirmou Reinoso.

CALÚNIA

O advogado que representa os proprietários da mina San José, Hernán Tuane, disse que seus clientes são alvo de "acusações caluniosas" e anunciou que a companhia pode declarar falência diante da impossibilidade de cumprir com compromissos como o pagamento dos salários dos mineiros e a operação de resgate.
Segundo Tuane, a empresa teve seu faturamento completamente paralisado após o acidente na mina.
A família de outro mineiro preso depois do acidente, Rául Bustos, entrou com um processo separado contra a mina e contra Serviço Nacional de Geologia e Mineração (Sernageomin).

Os mineiros estão presos desde o dia 5 de agosto, quando o principal acesso ao túnel da mina ruiu. Eles conseguiram se abrigar em um refúgio, com acesso limitado a água e comida, a quase 700 metros de profundidade.
A sobrevivência dos 33 mineiros só foi descoberta mais de duas semanas após o acidente, quando uma sonda chegou ao local onde eles estavam e voltou com um bilhete dos trabalhadores.
O resgate dos mineiros, que estão recebendo alimentos, oxigênio e medicamentos por canos, poderá levar vários meses.

DECLARAÇÕES

Nesta quinta-feira, os proprietários da mina, Alejandro Bohn e Marcelo Kemeny, se apresentaram ao Ministério Público de Copiapó para entregar suas declarações.
Além da Justiça chilena, uma comissão de investigação da Câmara de Deputados também está analisando os antecedentes do caso.
Patricio Leiva, ex-subdiretor da Sernageomin, que deu a autorização para a reabertura da mina San José em 2008, declarou que a responsabilidade desta decisão é de seus superiores.
Leiva disse que assinou um ofício sem ler antes o relatório geotécnico que a empresa mineradora tinha entregado.
O funcionário afirmou que tomou esta decisão confiando no critério de seus chefes, que já tinham autorizado reaberturas parciais da jazida.

Leiva afirmou que pediu que a permissão de reabertura da mina San José incluísse uma fiscalização posterior para verificar o cumprimento das medidas de segurança que a empresa deveria implementar. Segundo o funcionário, esta fiscalização, que poderia ter evitado o acidente que deixou os 33 trabalhadores presos, não foi implementada.
No que se refere às medidas de segurança, um dos aspectos que mais geraram críticas vindas dos próprios mineiros foi a falta de uma escada de emergência em um dos dutos de ventilação da mina.
Depois do desabamento, os trabalhadores tentaram escapar por meio da escada, mas descobriram que esta escada simplesmente não existia.

Fonte: BBC
NO MÉXICO CARRO BOMBA EXPLODE DIANTE DE UMA TV

Carro-bomba explode diante de TV no México; não há feridos
Um carro-bomba explodiu na manhã desta sexta-feira em Ciudad Vitoria, no norte do México, diante de um estúdio da emissora Televisa, a principal do país. Não houve feridos, informaram testemunhas e a mídia mexicana.
Duas testemunhas viram os destroços carbonizados de um veículo estacionado diante do estúdio da TV na cidade, localizada no Estado de Tamaulipas. O âncora do principal programa noticioso matutino da Televisa informou que prédios nos arredores foram danificados, provocando falta de energia.
Militares e policiais isolaram a área e o sinal do canal de TV não foi restabelecido após a explosão, segundo o diário mexicano El Universal, em sua edição online.
"Confirmamos: às 00h18 de hoje um carro-bomba explodiu perto dos estúdios da Televisa Ciudad Vitoria, Tamaulipas. Nenhum colega ferido", disse o âncora Carlos Loret de Mola, pelo Twitter.
"A explosão danificou edifícios a quadras de distância. Acabou a energia na área e o sinal (da emissora) não foi restabelecido", escreveu ele.
A emissora, a maior do México, não deu detalhes sobre o ocorrido.
O Estado de Tamaulipas se converteu recentemente em cenário de alguns dos confrontos mais violentos entre narcotraficantes do cartel do Golfo e um grupo dissidente, os Zetas, que disputam rotas e território.
Esta semana autoridades encontraram em uma fazenda de Tamaulipas 72 cadáveres aparentemente de imigrantes centro-americanos e sul-americanos, incluindo quatro brasileiros. Eles teriam sido assassinados por narcotraficantes por se negarem a aderir às atividades criminosas, segundo testemunho de um dos sobreviventes do massacre.
Na onda de violência desencadeada pelo tráfico de drogas, mais de 28 mil pessoas já morreram em todo o pais desde a posse do presidente Felipe Calderón, em dezembro de 2006, incluindo civis não envolvidos com o tráfico.
Fonte: Reuters

domingo, 22 de agosto de 2010

CHILENOS SÃO ENCONTRADOS VIVOS APÓS 22 DIAS


Um total de 33 mineradores presos há mais de duas semanas em uma mina no Chile, após um desmoronamento, disseram estar todos vivos em uma mensagem enviada por meio de uma sonda de perfuração, afirmaram neste domingo autoridades chilenas.
O presidente chileno Sebastián Piñera disse que um pedaço de papel foi amarrado a uma sonda usada pelas equipes de resgate para perfurar até o local onde os mineradores estão localizados. Mas o governante ressaltou que levará meses para tirá-los de lá.

"Os 33 de nós na câmara estão bem," informou a mensagem, segurada por Piñera na televisão. "Levará meses (para tirá-los de lá). Demorará, mas não importa o quanto demore para termos um final feliz," afirmou Piñera.

Parentes se abraçaram e se beijaram quando a notícia da mensagem se espalhou pelo lado de fora da entrada da mina, onde eles estão acampados desde o acidente, em 5 de agosto.

Equipes de resgate planejam enviar pequenos tubos de plástico por um buraco com comida, gel hidratante e equipamentos de comunicação. No fundo da mina, há depósitos de água e poços de ventilação, que podem ajudar os mineradores a sobreviver.

Parentes dos mineradores disseram que as equipes de resgate encontraram uma mensagem pintada em uma pequena sonda usada para perfurar cerca de 700 metros verticalmente na mina, confirmando que eles estão vivos na pequena mina de ouro e cobre perto da cidade de Copiapo, no norte do país.

Equipes de resgate afirmaram que uma sonda alcançou quase 700 metros de profundidade e perfurou um túnel perto de onde os mineradores mais provavelmente tinham procurado abrigo.

O ministro da Mineração, Laurence Golborne, afirmou que as equipes de resgate baixariam uma câmera e microfones em uma tentativa de localizar e contatar os mineradores.

Os trabalhadores presos estão sete quilômetros dentro da mina, cerca de 700 metros verticalmente abaixo da superfície. Equipes de resgate dizem que pode demorar até quatro meses para cavar um novo túnel e encontrar os mineradores, após a rampa principal da mina ter desmoronado.

O governo disse no começo deste mês que a probabilidade de encontrar sobreviventes era pequena.

Piñera demitiu duas autoridades da instituição reguladora da atividade mineradora do Chile e prometeu uma grande reforma na agência depois do acidente.

Grandes acidentes em minas são raros no Chile, mas o governo diz que a mina San José, cuja dona é a empresa local Compania Minera San Esteban Primera, sofreu uma série de problemas e 16 trabalhadores morreram nos últimos anos.

Fonte: Reuters

sábado, 21 de agosto de 2010

SURTO DE SARAMPO NA ARGENTINA

Com 3 casos confirmados e ainda 6 suspeitos, o vírus que foi eliminado a 10 anos, volta a preocupar os argentinos. O Ministro da Saúde informou que há 5 casos suspeitos em outros lugares: San Justo, Buenos Aires, Capital Federal, Entre Rios e Santa fé.
Depois de muitos anos de vacinacão, em 2000 foi o vírus foi retirado de circulação na Argentina. Além disso, para manter o vírus fora de circulação, entre 2006 e 2009 foram realizadas companhas de vacinação contra o sarampo e a rubéola. Ainda durante a copa, foi recomendada a vacinação de todos os torcedores que viajaram à Africa do Sul.
Contudo, nem todos os torcedores escutaram o conselho e, em função disso, um homem de 30 e um adolescente de 16 que vivem em San Isidro e que viajaram à África do Sul, contraíram a doença.
Ambos já se recuperam, mas ao retornar, o primeiro homem contagió ao seu filho de 15 meses e que não havia sido vacinado. 

Segundo CArla Vizzotti, chefe do Programa de Imunização do Ministério da Saúde, o vírus é transmitido pela via respiratória quando se tosse ou se fala, como a gripe. Além disso o vírus por ficar no ambiente por até duas horas.

Para conter o avanço, Vizzotte disse que é importante que as pessoas se vacinem e que consultem o médico quando os sintomas apareçam. Ela ainda disse que os médicos estão atentos para que não haja uma epidemia da doença.

Fonte: Clarin.com

domingo, 15 de agosto de 2010

Saiu no Clarín

La candidata de Lula, arriba en los sondeos

15/08/10

MAS CERCA. LAS ENCUESTAS SONRIEN A LA EX MINISTRA DILMA ROUSSEFF.
     MÁS CERCA, LAS ENCUESTAS SONRIEN A LA EX MINISTRA DILMA ROUSSEFF.

La candidata oficialista a la presidencia de Brasil, Dilma Rousseff, está a apenas 3 puntos de ganar las elecciones del 3 octubre en primera vuelta , según una encuesta divulgada ayer por el diario Folha de Sao Paulo .
De acuerdo con el instituto Datafolha, que realizó el sondeo, Rousseff, ex jefa de ministros, lidera con 41% de los votos contra 33% del opositor José Serra, del Partido de la Social Democracia Brasileña y ex gobernador de Sao Paulo.
El dato clave que la encuesta arrojó es que, descartando los votos inválidos de la encuesta (blancos y nulos), Rousseff llega al 47% de intención de voto, y está ubicada a 3% del 50% necesario para evitar el balotaje. Es la primera vez que Datafolha da ganadora a la candidata del Partido de los Trabajadores (PT) del presidente Luiz Lula a Silva. En junio, afirmaba que había un virtual empate.





terça-feira, 10 de agosto de 2010

PARA CELSO AMORIM BRASIL ESTÁ MAIOR
Há sete anos, quando se falava na necessidade de mudanças na geografia econômica mundial ou se dizia que o Brasil e outros países já deveriam desempenhar papel mais relevante na OMC ou integrar de modo permanente o Conselho de Segurança da ONU, muitos reagiam com ceticismo.
O mundo e o Brasil têm mudado a uma velocidade acelerada, e algumas supostas “verdades” do passado vão se rendendo à evidências dos fatos. O diferencial de crescimento econômico em relação ao mundo desenvolvido tornou os países em desenvolvimento atores centrais na economia mundial. A maior capacidade de articulação Sul-Sul – na OMC, no FMI, na ONU e em novas coalizões, como o BRIC – eleva a voz de países antes relegados a uma posição secundária. Quanto mais os países em desenvolvimento falam e cooperam entre si, mais são ouvidos pelos ricos.
A recente crise financeira tornou ainda mais patente o fato de que o mundo não pode mais ser governado por um condomínio de poucos. O Brasil tem procurado, de forma desassombrada, desempenhar seu papel neste novo quadro. Completados sete anos e meio do governo do Presidente Lula, a visão que se tem do País no exterior é outra. Já não precisamos ouvir os líderes mundiais e a imprensa internacional para sabermos que o Brasil tem um peso cada vez maior na discussão dos principais temas da agenda internacional, de mudança do clima a comércio, de finanças a paz e segurança. Países como Brasil, China, Índia, África do Sul, Turquia e tantos outros trazem uma maneira nova de olhar os problemas do mundo e contribuem para um novo equilíbrio internacional.
No caso do Brasil, essa mudança de percepção deveu-se, em primeiro lugar, à transformação da realidade econômica, social e política do País. Avanços nos mais variados domínios – do equilíbrio macroeconômico ao resgate da dívida social – tornaram o Brasil mais estável e menos injusto. As qualidades pessoais e o envolvimento direto do presidente Lula com temas internacionais ajudaram a alçar o Brasil à condição de interlocutor indispensável nos principais debates da agenda internacional.
Foi nesse contexto que o Brasil desenvolveu uma política externa abrangente e pró-ativa. Construímos coalizões que foram além das alianças e relações tradicionais, as quais tratamos de manter e aprofundar, como no estabelecimento da Parceria Estratégica com a União Europeia ou do Diálogo de Parceria Global com os Estados Unidos. O crescimento expressivo de nossas exportações para os países em desenvolvimento e a criação de mecanismos de diálogo e concertação, como a Unasul, o G-20 na OMC, o Fórum IBAS (Índia-Brasil-África do Sul) e o grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) refletiram essa orientação de uma política externa universalista e livre de visões acanhadas sobre o que pode e deve ser a atuação externa do Brasil.
A base dessa nova política externa foi o aprofundamento da integração sul-americana. Um dos grandes ativos de que o Brasil dispõe no cenário internacional é a convivência harmoniosa com sua vizinhança. O governo do presidente Lula empenhou-se, desde o primeiro dia, em integrar o continente sul-americano por meio do comércio, da infraestrutura e do diálogo político.
O Acordo Mercosul-Comunidade Andina criou, na prática, uma zona de livre comércio abrangendo toda a América do Sul. A integração física do continente avançou de forma notável, inclusive com a ligação entre o Atlântico e o Pacífico. Nossos esforços para a criação de uma comunidade sul-americana (CASA) resultaram na fundação de uma nova entidade – a União das Nações Sul-Americanas (Unasul). Sobre as bases de uma América do Sul mais integrada, o Brasil ajudou a estabelecer mecanismos de diálogo e cooperação com países de outras regiões, fundados na percepção de que a realidade internacional já não comporta a marginalização do mundo em desenvolvimento.
A formação do G-20 da OMC, na Reunião Ministerial de Cancún, em 2003, marcou a maioridade dos países do Sul, mudando de forma definitiva o padrão decisório nas negociações comerciais. O IBAS respondeu aos anseios de concertação entre três grandes democracias multi-étnicas e multiculturais, que têm muito a dizer ao mundo em termos de afirmação da tolerância e de conciliação entre desenvolvimento e democracia.
Além da concertação política e da cooperação entre os três países, o IBAS tornou-se um modelo em projetos em favor dos países mais pobres, demonstrando, na prática, que a solidariedade não é um apanágio dos ricos. Também lançamos as cúpulas dos países sul-americanos com os países africanos (ASA) e com os países árabes (ASPA). Construímos pontes e políticas entre regiões que vivem distantes umas das outras, em que pesem as complementaridades naturais. Essa aproximação política resultou em notáveis avanços nas relações econômicas. O comércio do Brasil com países árabes quadruplicou em sete anos. Com a África, foi multiplicado por cinco e chegou a mais de US$ 26 bilhões, cifra superior à do intercâmbio com parceiros tradicionais como a Alemanha e o Japão.
Essas novas coalizões estão ajudando a mudar o mundo. No campo econômico, a substituição do G-7 pelo G-20 como principal instância de deliberação sobre os rumos da produção e das finanças internacionais é o reconhecimento de que as decisões sobre a economia mundial careciam de legitimidade e eficácia sem a participação dos países emergentes. Também no campo da segurança internacional, quando o Brasil e a Turquia convenceram o Irã a assumir os compromissos previstos na Declaração de Teerã demonstraram que novas visões e formas de agir são necessárias para lidar com temas antes tratados exclusivamente pelos atuais membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.
Apesar dos ciúmes e resistências iniciais a uma iniciativa que nasceu fora do clube fechado das potências nucleares, estamos seguros de que a direção do diálogo ali apontada servirá de base para as negociações futuras e para a eventual solução da questão. Uma boa política externa exige prudência. Mas exige também ousadia. Não pode fundar-se na timidez ou no complexo de inferioridade. É comum ouvirmos que os países devem atuar de acordo com seus meios, o que é quase uma obviedade. Mas o maior erro é subestimá-los.
Ao longo desses quase oito anos, o Brasil atuou com desassombro e mudou seu lugar no mundo. O Brasil é visto hoje, mesmo pelos críticos eventuais, como um país ao qual cabem responsabilidades crescentes e um papel cada vez mais central nas decisões que afetam os destinos do planeta.
Fonte:O Estado

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

BRASIL DEVERÁ RECEBER INVESTIMENTOS DE R$ 540 BILHÕES 

Os investimentos em infraestrutura previstos para o País entre 2010 e 2013 chegarão a R$ 540 bilhões. O valor dos projetos para energia elétrica, petróleo e gás, portos, telefonia, estradas e ferrovias superarão em 50% os R$ 360 bilhões investidos nos quatro anos anteriores à crise (2005-2008).

Pouco mais da metade (50,7%) virá de investimentos em petróleo e gás. Impulsionados pelas reservas do pré-sal, os aportes nessa área deverão somar cerca de R$ 340 bilhões até 2013. Entre 2005 e 2008, os investimentos somaram 160 bilhões.

Os dados são do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que fez um mapeamento dos investimentos públicos e privados.

Foram computados projetos ainda não lançados, mas que o banco consegue identificar, por sua proximidade com os investidores.

Embora seja classificado como indústria pelo BNDES, o setor de petróleo e gás é considerado de infraestrutura pelo mercado. Mais precisamente, na área de energia.

Graças ao pré-sal, o setor de petróleo, até então concentrado no Rio de Janeiro, vai impulsionar polos de desenvolvimento em São Paulo e no Espírito Santo. Os valores mapeados pelo BNDES se referem apenas aos investimentos iniciais do pré-sal, cujas reservas são estimadas em 50 bilhões de barris pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Na área de energia elétrica, o banco projeta investimentos de R$ 92 bilhões no quadriênio.

Com grandes obras, como as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, cujas obras já foram iniciadas, e de Belo Monte, no Rio Xingu, que foi a leilão em abril, os investimentos na área vão significar aumento de 35% em relação aos R$ 68 bilhões do período entre 2005 e 2008.

Embora a previsão de crescimento dos recursos para telecomunicações nos próximos quatro anos seja praticamente de estabilidade (0,8%), o setor manterá forte influência no conjunto de investimentos estruturantes. Entre 2010 e 2013, deve responder por R$ 67 bilhões.

Não é possível mapear quanto dos R$ 540 bilhões será financiado pelo BNDES. Na verdade, quem determinará isso serão os investidores.

Para o presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, o investimento do banco é muito importante, tanto em infraestrutura quanto na indústria. Entre 2003 e 2004, foram R$ 14 bilhões, mas chegaram a R$ 38 bilhões em 2008. Já em 2009, foram R$ 68 bilhões, sendo R$ 20 bilhões de apoio à Petrobrás.

"Um dos desafios para atingirmos o total de R$ 160 bilhões de investimentos anuais até 2013 é obter novas fontes de recursos", diz Godoy. Ele lembra que o BNDES já está com R$ 140 bilhões de empréstimos por ano.

Fonte: Estadão
CHÁVEZ VISITARÁ A COLÔMBIA

Sinalizando o fim da crise diplomática entre Caracas e Bogotá, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, visitará a Colômbia na próxima terça-feira para se reunir com o novo presidente colombiano Juan Manuel Santos.
O encontro foi anunciado pelos chanceleres Nicolas Maduro, da Venezuela, e a nova chanceler colombiana, Maria Angela Holguín, neste domingo, em Bogotá, depois de quatro horas de reunião com participação também do secretário-geral da União Sul-Americana (Unasul), Néstor Kirchner.
"Acredito que o chanceler Maduro e eu demos esse primeiro passo para um diálogo franco e direto com o objetivo de restabelecer relações marcadas pela transparência e franqueza", afirmou Holguín.
"O segundo passo será dado pelos presidentes na terça-feira, com uma reunião na Colômbia", acrescentou, em breves declarações na sede da chancelaria colombiana.
Em seguida, Maduro afirmou que seu governo está "realmente satisfeito" com a condução das conversas para solucionar a crise.
"Vamos atuar de maneira transparente", afirmou o chanceler venezuelano.
Crise diplomática
A expectativa é que no encontro Chávez e Santos restabeleçam relações diplomáticas, rompidas em julho pelo presidente venezuelano, depois que a Colômbia acusou a Venezuela de abrigar 1,5 mil guerrilheiros em seu território.
A Venezuela nega essas acusações e considera que a crise, deflagrada duas semanas antes de o Álvaro Uribe deixar a Presidência colombiana, era parte de uma "desculpa" para justificar uma intervenção armada da Colômbia em seu país, que a seu ver, conta com o apoio dos Estados Unidos.
Durante a reunião, Chávez conversou por telefone com Maduro e Kirchner para articular a data da visita. Ao vivo, em transmissão no programa Alô Presidente, o presidente venezuelano disse à Kirchner confiar nele a missão de organizar o encontro com Santos.
"O lugar poderíamos anunciar logo. Você tem essa missão. Confiamos em você", afirmou.
Chávez disse que a relação com a Colômbia deve ser construída passo a passo. "Temos que construir algo que foi pulverizado", disse Chávez.
"Se você compara a má vontade à boa, há uma (má vontade) em um milhão", acrescentou, ao fazer alusão ao governo do ex-presidente Álvaro Uribe, que a seu ver, não tinha interesse em manter boas relações com seu governo
Minutos antes da confirmação da visita de Chávez, Kirchner disse que a reunião foi "exemplar" e profundamente democrática.
"Estou realmente gratificado com este exemplo de responsabilidade", afirmou o secretário-geral da Unasul.
A presença de Kirchner na reunião fortalece o pedido venezuelano de que a crise fosse mediada pela Unasul. Na véspera, Santos disse que queria restabelecer os nexos com a Venezuela e Equador, mas disse não precisar de mediadores. "Agradeço a mediação na situação com a Venezuela (...), mas prefiro o diálogo franco e direto e tomara que seja o mais breve possível", afirmou Santos, no domingo, durante a posse.
Fonte: msn.com

PRESOS POLICIAIS FEDERAIS MEXICANOS

Cerca de 300 policiais federais em Ciudad Juárez, no México, prenderam neste domingo os seus próprios chefes, acusados de extorsão e de proteção a grupos de crime organizado.
Os agentes invadiram o hotel onde se hospedavam quatro comandantes da Polícia Federal mexicana. Os chefes foram retirados à força e com violência.
Policiais federais mexicanos prendem os próprios chefesOs policiais federais acusaram seus comandantes de suspender o policiamento na cidade nos dias em que traficantes transportavam drogas no local. Além disso, os chefes são acusados de cobrar cotas diárias dos policiais.
Violência
Ciudad Juárez fica na fronteira com os Estados Unidos e é considerada a cidade mais violenta do México. Nos últimos dois anos, mais de 6 mil pessoas já foram assassinadas em Ciudad Juárez, de acordo com estatísticas oficiais.
A Polícia Federal foi enviada justamente para Ciudad Juárez para fiscalizar a polícia local, acusada de estar infiltrada por pessoas ligadas aos cartéis de drogas.
Dezenas de estabelecimentos comerciais da cidade foram queimadas porque seus proprietários se negaram a pagar extorsões a criminosos.
A Polícia Federal deveria acabar com as extorsões, mas segundo os agentes se rebelaram neste final de semana, os comandantes da corporação passaram a cometer delitos. Os agentes acusam seus chefes de "plantar" droga junto a presos, para chantageá-los.
Os próprios agentes também teriam sido vítimas de extorsão, sendo obrigados a pagar uma cota de US$ 230 por dia aos chefes. Até mesmo a munição para as suas armas estaria sendo cobrada pelos comandantes.
A rebelião começou depois que um dos agentes foi preso supostamente por tráfico de maconha. Segundo os agentes, a droga foi "plantada" junto ao policial.
A corrupção na polícia é um dos problemas mais graves do México. O ministro da Segurança, Genaro García Luna, disse que os cartéis de drogas investiram US$ 98 milhões por ano em suborno de policiais locais.
O salário baixo dos agentes - cerca de US$ 300 por mês - é um problema, segundo o ministério.
Fonte: msn.com

domingo, 8 de agosto de 2010


COSTA RICA: AQUECIMENTO GLOBAL FAZ AUMENTAR A POPULAÇÃO DE CROCODILOS MACHOS


O aquecimento global está fazendo com que nasçam mais crocodilos machos do que fêmeas nos rios da Costa Rica e, se a tendência se mantiver, a espécie estará correndo grave risco em algumas décadas, segundo um estudo científico divulgado neste domingo pela imprensa.

"A hipótese é que a temperatura - um clima cada vez mais quente por causa das mudanças climáticas e a ação direta do sol -, está relacionada ao nascimento de mais machos", disse o jornal La Nación, ao divulgar detalhes do estudo conduzido pelo biólogo costarriquenho Juan Rafael Bolaños.
"A temperatura no ninho determina o sexo da cria. Quando a temperatura da incubação é por volta de 28 graus Celsius nascem fêmeas, ao subir até os 32 graus, machos", disse o jornal.
Acrescentou que "se for comprovado que as populações de crocodilos americanos (Crocodylus acutus) no país estão se masculinizando, em um período de 20 anos, a espécie tenderia a desaparecer".
Fonte: EFE



En Guanajuato: El alto costo de ser una mujer pobre



Hoy es un día decisivo y distinto para Verónica. A sus 24 años ha cumplido un año cuatro meses en prisión. Lo único que la devuelve a la realidad, después de su sentencia, es cantar: “En la cárcel de tus brazos...”, del grupo La Industria del Amor, esa canción que le gusta porque habla de su vida en reclusión. Por lo demás, nada se modifica y se ha propuesto no ser amiga de nadie.


Le disgustan los apegos. No mira a casi nadie, sólo procura regresar a su cama y a la música después de haber escuchado a la abogada que esta vez le informa que se ha dictado sentencia de 29 años de cárcel por homicidio en razón de parentesco. Sólo la música la devuelve a la realidad; la razón va regresando. Todo lo demás es violento. Rabia, coraje, impotencia se van gestando mientras una licenciada dice: “Vete haciendo a la idea de que no vas a salir de aquí hasta el cumpleaños de tus nietos, eso si bien te va”.

Después, apaga la radio y sale al patio; ahí se encuentra con la cocinera que le acerca una sopa caliente mientras asegura le hará bien algo en el estómago, que se olvide de los 29 años; que quizá la licenciada se equivocó en el número de años de la sentencia; dice que aún le queda ampararse en un juzgado federal. Verónica no acepta alimento ni esperanzas. No reconoce futuro. ¿Te vas a comer la sentencia que te dieron?, pregunta la cocinera. Será en el Centro de Readaptación Social (Cereso) de Guanajuato donde cumplirá su condena. Si todo continúa como hasta ahora, saldrá con 53 años de edad por un crimen, que a su decir, no cometió. “Nunca es de noche en la cárcel, nunca vuelves a dormir tranquila; pero se sobrevive. Se puede. Se hace lo que se puede. He sido tratada todo este tiempo como delincuente, criminal y mentirosa”, afirma.

En el origen de Verónica Padrón Alarcón hay pobreza en la infancia; precaria información sexual y educación escolar (estudió hasta tercero de primaria) y una vida en el campo que inició a los 12 años cortando chile, jitomate y pepino con jornadas diarias de más de 10 horas de arduo trabajo, según relata.

Madre de una niña de tres años y a la que sólo ve una vez al mes en el reclusorio, Verónica aún sostiene una relación con el padre de su primera hija. Es madre soltera. “Yo no vivo (por un hombre), ni me ato a ningún hombre, ¿para qué entrar en esa batalla, a esa guerra que es el matrimonio?, va diciendo durante la entrevista con EL UNIVERSAL en las instalaciones del Cereso de Guanajuato.

Durante su segundo embarazo decidió no acudir a la clínica de su comunidad, pues a su decir, la enfermera maltrataba a sus pacientes y a su hija. Su familia no contaba con recursos para un médico particular. “Yo estaba ahorrando para mi segundo parto”, aseguró.

Sigilosa, corpulenta, baja de estatura, observadora, aparenta más edad de la que tiene; vestida con el uniforme oficial color arena, cuenta cómo todo cambió el 19 de marzo del año 2009.

“No sé cómo explicarlo con claridad —dice Verónica—, era de noche, tenía seis meses de embarazo, sentí deseos de ir al baño; me fui rumbo a la nopalera, luego vi cómo el bebé se me escurrió entre las piernas y me desmayé. Escuchaba a lo lejos a mi papá que gritaba: ‘¡Despiértate hija!’... luego mi mamá cortó el cordón umbilical, yo nunca la escuché llorar, pusieron a la bebé encima de mi vientre, pero ya estaba muerta. No sentí ningún dolor físico. Mis papás la envolvieron en una cobija, la acostaron sobre la mesa junto con unas flores y enseguida mi padre salió a buscar a las autoridades para avisarles de la muerte de la bebé. Yo realmente deseaba una hermana para mi hija. Era un bebé que esperaba junto con mi pareja”, aseguró Verónica en la entrevista.

“A las 10 de la mañana del día siguiente llegó el Ministerio Público para decirnos que habían recibido una llamada anónima que explicaba que yo había ido a tirar a la bebé; que no estaba casada; que me había tomado un abortivo porque no me alcanzaba el dinero que ganábamos para mantener a dos hijas. Es verdad que ganábamos poco (70 pesos a la semana entre entre los dos) pero yo no la maté...”, continúa Verónica su relato.

“Nunca analizaron el cuerpo de mi bebé, no hubo pruebas periciales ni declaraciones de los forenses, el cuerpo desapareció y se lo devolvieron a mis padres tres meses después, envuelto en una bolsa de plástico negro. No pudimos comprobar si era mi bebé”, dice. “Mis padres lo enterraron, pero ahora no sabemos si ellos van a ponerle flores a una tumba, que es realmente de su nieta que murió”.

En Soledad Nueva, Dolores Hidalgo, municipio donde Verónica nació, las madres solteras no son aceptadas: “Cuando me embaracé por primera vez sin casarme, mis tías le decían a mi madre que debían colgarme del pellejo en la plaza pública, pues yo era un mal ejemplo para la comunidad..., así es que cualquiera pudo haber llamado de manera anónima para acusarme de mi segundo embarazo y de la muerte del bebé”, dice. “Lo que tuve fue un aborto espontáneo, no maté a mi bebé y fui sentenciada por homicidio en razón de parentesco”, insiste.

Trascurrieron tres días, al cuarto día Verónica fue aprehendida. “Me dijeron (los agentes) que únicamente podría recuperar mi libertad si firmaba cinco hojas en blanco y así lo hice. Dijeron que tenía que declarar que yo había matado a mi bebé si quería volver a ver a mi otra hija, a mi familia y a mis seis hermanos”.

Verónica firmó cuanto papel le indicaban. No tuvo, a su decir, un abogado defensor que la asistiera y los escasos recursos de sus padres limitaban la posibilidad de un litigante particular.

“Un licenciado del juzgado escribió algo de puño y letra, donde decía que yo tenía que declarar haber ahogado a mi bebé”..., continúa Verónica, esta vez iracunda.

A pesar de no perder la esperanza de que se haga justicia y de recuperar su libertad, Verónica se ha encargado de que su hija no sepa dónde está. La niña sólo sabe que su madre debe un dinero en la fábrica en la que trabaja y así se lo hace saber cada vez que madre e hija se encuentran en el reclusorio. “Esto es una fábrica mi’hijita”, dice invariablemente Verónica cuando se encuentran.

“Una de mis hermanas tuvo que dejar sus estudios de secundaria para que la niña pudiera encontrarse conmigo aquí en el Cereso de Guanajuato”.

Más que una distancia geográfica

Verónica pasó varios meses en la cárcel municipal de Dolores Hidalgo, hasta que le informaron que debía ser trasladada al Cereso de Guanajuato”. Ese traslado fue largo, el camino eterno; supe que entre mi hija y yo se imponía una distancia aún más larga. Antes, cuando estaba en la cárcel municipal podía verla hasta tres veces a la semana, ahora sólo una vez al mes”.

Después se abrió el proceso penal 68/2008 y es Verónica Cruz, directora del Centro de Atención a la Mujer Las Libres, quien denuncia la “cacería de brujas” en Guanajuato contra mujeres que abortan. “Hemos investigado un fenómeno que parecía imposible comprobar, el encarcelamiento de las mujeres por ejercer su derecho a decidir. Conforme vamos conociendo las historias de estas mujeres, encontramos cómo un sistema de procuración y administración de justicia se ha ensañado con ellas”, dice.

Mujeres pobres y poca educación

Estas mujeres tienen características comunes: son pobres, con escaso acceso a la educación formal, escasos recursos económicos y herramientas de vida para la defensa de sus derechos básicos; con familias tradicionales donde persiste un temor al ejercicio pleno de la sexualidad, así como una deficiente comunicación entre hijas, padres y madres. Escaso conocimiento sobre el funcionamiento de su cuerpo, su reproducción, ciclo menstrual, su derecho a ejercer una sexualidad libre y placentera, falta de acceso a métodos anticonceptivos y de herramientas para negociación en la relación de pareja.

Hoy, Verónica afirma ser una mujer más fuerte, que conoce sus derechos hacia la libertad y justicia, está recibiendo asesoría legal y decidió dar su testimonio “para que ninguna otra mujer vuelva a confiar en los agentes del Ministerio Público, ni en las autoridades judiciales”.

Según su testimonio, es inocente, confió en que la dejarían en libertad si firmaba lo que le indicaban debía firmar, pero eso, asegura, la hundió. Mientras tanto, se capacita para ser una persona preparada, estudia la primaria y quiere llegar a ser universitaria para estar a la altura de su hija, “ahora que salga de prisión”, afirma.

—Verónica, ¿si pudieras regresar el tiempo al 19 de marzo, hubieras hecho algo distinto?

— Sí, le hubiera avisado a mis padres que no me sentía bien. ¿Pero cómo voy a avisarles que no me sentía bien, si solamente tuve deseos de ir al baño y el bebé se vino para abajo sin que yo lo sintiera?— dice en tono afligido.

Fonte: eluniversal.com.mx