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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

SÃO PAULO AFUNDA COM ENCHENTES, LAMA E DESGOVERNO


    No dia em que quatro pessoas morreram soterradas na capital paulista por desabamentos provocados pela chuva, na última quinta-feira, aumentando para mais de 60 o número de pessoas mortas com as enchentes em São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) congelou R$ 25,6 milhões destinados a obras e serviços em áreas de risco. O valor representa 86,5% dos R$ 29,6 milhões disponíveis para essas ações no orçamento das 31 subprefeituras e da Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras.
     O corte, que faz parte do contingenciamento de R$ 2 bilhões do Orçamento, surpreendeu ao menos dois subprefeitos que disseram não terem sido informados da medida. "É de chorar. Acabei de levantar obras de emergência necessárias na região em função das chuvas e disse à população que começaríamos a agir. Descubro que não há um centavo liberado", disse um deles, que pediu anonimato. A decisão irritou vereadores da base aliada de Kassab. "Resolver centralizar as obras em meio ao caos das chuvas é dar um tiro no pé politicamente", afirmou um kassabista.
     A Prefeitura alega que apenas os recursos das subprefeituras - R$ 19,6 milhões - foram congelados porque serão remanejados nos próximos dias para os orçamentos de outras secretarias. Segundo a Assessoria de Imprensa de Kassab, os R$ 9,98 milhões previstos para obras em áreas de risco na Coordenação das Subprefeituras estão disponíveis, apesar de R$ 5,9 milhões aparecerem congelados, segundo levantamento da Liderança do PT na Câmara.
     Seguindo a mesma linha administrativa, o governador José Serra - sempre ausente - se faz de vítima com a situação e não apresenta soluções. No seu blog, de onde parece que o governador administra o estado mais rico do país, ele vive a escrever palavras vazias sem que apresente uma proposta viável e emergente para as catástrofes que estão acontecendo em todo o estado.  Vejamos alguns fragmentos do que escreve o governador, extraídos do blog do Josias.

- “Fui até a estrada de Itapevi, onde o temporal abriu uma cratera impressionante. Prevendo o risco, o DER havia feito uma interdição na via”.
- “Só por isso não houve maior tragédia. O carro com dois funcionários do DER despencou, mas felizmente eles foram resgatados e passam bem”.
- “Tentei ir a Bauru, mas não consegui. Com o temporal, o aeroporto de Congonhas estava feito sanfona: abria e fechava o tempo todo”.- -
- “Este é o mês de janeiro mais chuvoso em SP, desde 1995, quando o Centro de Gerenciamento de Emergências passou a fazer medições.”
- “Pra vocês terem uma idéia: o previsto para todo o mês de janeiro eram 239 mm. Na zona norte de SP, choveu 43 mm só nesta terça-feira!”
- “A Estação Meteorológica da USP registrou, 5ª feira passada, o maior volume acumulado de chuva em janeiro desde 1932, quando começou a medir”.
     Como se pode observar, a cidade de São Paulo está sem prefeito e o estado de São Paulo, sem governador. Os cidadãos paulistanos e paulistas estão verdadeiramente à deriva. Juntos, prefeito e governador, como  comandantes, estão vendo o barco afundar, porém estão fora dele.

Fonte: Agencia Estado

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